De prática marginalizada à esporte medalhado, como foi a evolução do skate.

 Esporte se tornou mais popular após inclusão nos jogos olímpicos e teve uma melhor aceitação pela população que o via como prática de marginais.

Visto como prática de rebeldes urbanos, o Skate surgiu nos anos 50 como uma forma de expressão para jovens que buscavam a emoção de viver intensamente a liberdade que talvez, eles ainda não tinham conquistado. Durante anos, o skate foi visto como uma atividade de marginais e delinquentes, isso porque era sempre comum encontrar praticantes do esporte em praças, muitas vezes abandonadas, ou em cenários onde conseguiam expressar livremente suas vontades.


Skate em área urbana. Foto disponível em licença CC0 em PxHere


O cenário foi mudando cada vez mais e, a inclusão na sociedade foi acontecendo de forma crescente, chegando a mais jovens, despertando também o interesse em meninas, recebendo o apoio de ongs locais, até chegar nas olímpiadas e receber o devido reconhecimento.

Em 2020 o esporte passou para uma categoria medalhada nas Olímpiadas e, recebeu o reconhecimento que por anos foi buscado. Desde suas raízes humildes nas ruas até sua

inclusão nos Jogos Olímpicos, a evolução do skate é notável, mas seu impacto nas periferias ainda precisa ser explorado e observado de perto.

Em comunidades de baixa renda, o skate muitas vezes serve como uma forma de escapar da realidade difícil que os jovens vivem e, encontram no esporte uma comunidade acolhedora.

Mesmo estando em evidência, os desafios ainda persistem. Nas comunidades a falta de visibilidade traz também uma infraestrutura precária, acesso limitado a equipamentos e até mesmo, a falta de um profissional é um obstáculo significativo para os jovens que estão nessas áreas, pois eles ficam impedidos de explorar e mostrar o potencial que têm.

Inclusão nas olímpiadas a aceitação como esporte.

Após atingir uma significativa visibilidade entre os jovens e ganhar seu espaço, buscando respeito e aceitação, o Skate entrou para os esportes olímpicos e passou a ser uma modalidade medalhada em duas categorias: Skate Park e Skate Street.

As categorias contam com time tanto masculino quanto feminino, o que mostra ainda mais a inclusão não só do esporte como também do gênero.

No passado, o esporte chegou a ser proibido em alguns lugares do Brasil e, hoje, o país conta com um time composto por grandes atletas como Rayssa Leal.

Rayssa trouxe ao Brasil nas olímpiadas de 2021 a medalha de Prata, além de ser campeã mundial de Skate Street em outros campeonatos.

Conhecida como Fadinha, Rayssa Leal ficou em 2ª lugar na modalidade skate street.

O skate se tornou um esporte tão significativo e importante que, nas olimpíadas de 2024, o Brasil é o único país com 24 nomes no Skate na 2ª janela.

Além disso, os uniformes do esporte nas olimpíadas deste ano serão assinados por um designer brasileiro. Pedro Andrade junto com uma marca também brasileira, confeccionará os uniformes de Portugal, Holanda e Eslováquia.

O skate passou por uma impressionante evolução desde suas raízes marginais até se tornar o que é hoje. Com o passar dos anos, foi ganhando espaço e, mesmo que ainda seja necessário olhar para os amadores para se enxergar novos potenciais, sua inclusão nos jogos olímpicos foi um marco para a modalidade.

O crescimento do skate como esporte olímpico, com categorias para ambos os gêneros, reflete sua crescente popularidade e aceitação global. O momento é de, além de torcer para que o esporte continue tendo essa supervalorização, atletas das periferias também consigo conquistar seu espaço de visibilidade e, consigam chegar ainda mais longe, seja no profissional ou no amadorismo.


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